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Professora da UFSC é entrevistada por programa da TV Globo sobre a situação da Amazônia

A professora Marina Hirota Magalhães, do Departamento de Física e do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi entrevistada pelo programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, nesta quinta-feira, 5 de setembro, data em que se celebra o “Dia da Amazônia”. A professora Marina é parceira da Fapeu na realização de projetos de pesquisa.

O dia 5 de setembro foi lembrado com diversos alertas a respeito da seca, desmatamento e queimadas que afetam a vida na Amazônia. Na entrevista, Marina destacou que esta é a pior seca da história na região, especialmente do ponto de vista das águas e do ar. “Temperaturas muito altas, muito menos chuva”, salientou. A seca de chuvas alimenta a seca dos rios, o que vem afetando consideravelmente as populações das comunidades ribeirinhas, explicou.

 

A situação, alerta a cientista da UFSC, pode piorar. “Em várias regiões da Amazônia estamos entrando agora na estação seca. Temos uma seca gradual e uma seca pontual intensa, um extremo. A tendência é que seque ainda mais”.

 

A professora atualmente desenvolve dois trabalhos com a fundação: “TRIATLAS - Tropical and South Atlantic – climate-based marine ecosystem preditcion for sustainable management" (Tropical e Atlântico Sul – previsão de ecossistemas marinhos com base no clima para gestão sustentável), que vai até agosto de 2025 e é financiado pela Comunidade Europeia; e “Engaging indigenous ecologies of knowledges” (Engajando ecologias indígenas de conhecimentos, em tradução literal), viabilizado pela Universidade de Princeton (EUA) e com duração de quatro anos, até janeiro de 2026. Antes, de 2020 a 2022, a professora já havia desenvolvido com a Fapeu o projeto “Mapeamento dos assentamentos humanos pré- e pós-colombianos na Amazônia”, que foi tema de reportagem na Revista da Fapeu 13, de 2022, disponível aqui

 

“O papel da Fapeu é importante por vários motivos. Toda ajuda é muito valiosa, mas tem essa questão da burocracia de receber dinheiro, especialmente de fora. E a Fapeu tem essa expertise, faz essa gestão. Outra coisa é ao longo do processo estar sempre disponível para ajudar e auxiliar de forma muito rápida. Acho o trabalho da Fapeu fundamental para o pesquisador. Cada um faz sua parte: quem foi treinado para fazer gestão faz a gestão, e o pesquisador, pesquisa”, disse a pesquisadora para a reportagem a pesquisadora.

 

A professora Marina trabalha em pesquisas que identificam os tipping-points, ou os pontos de não retorno da região amazônica. Em fevereiro, ela foi co-autora de um estudo publicado na Revista Nature que trouxe uma revisão de dados completa e traçou cenários a partir do mapeamento de cinco elementos de stress que afetam a Floresta Amazônica: o aquecimento global, a chuva anual, a intensidade da sazonalidade das chuvas, a duração da estação seca e o desmatamento acumulado.

 

Assista à entrevista na íntegra no  Globoplay

*Com informações da Agecom/UFSC

 

 

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