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Servidor do TRT-13 volta a escrever depois de 15 anos com ajuda de dispositivo de tecnologia assistiva

Com ajuda de um dispositivo de tecnologia assistiva, um servidor do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT-13), na Paraíba, voltou escrever depois de 15 anos. A tecnologia assistiva a favor dos servidores e servidoras com deficiência é resultado do Projeto de Inclusão Laboral do TRT-13, desenvolvido em parceria de professores e pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Núcleo de Gestão de Design & Laboratório de Design e Usabilidade (NGD-LDU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

 

Dispositivos de tecnologias assistivas são recursos ou serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades. No caso do servidor do TRT-13 foi criada uma órtese.

 

A iniciativa conta com apoio da Fapeu por meio do projeto de pesquisa “Gestão da inclusão de pessoas com deficiência no TRT-13 por meio de uma abordagem centrada no ser humano e interprofissional: implementação de ações”, que é coordenado pelo professor Eugenio Merino, também coordenador do NGD-LDU da UFSC.

 

No segundo semestre do ano passado, o TRT fez um levantamento para diagnosticar as capacidades funcionais e laborais das pessoas com deficiência do Tribunal, bem como das barreiras e inadequações existentes em seus ambientes e postos de trabalho. O levantamento registrou 40 colaboradores, entre servidores e jovens aprendizes, com deficiência no TRT-13 e com necessidades específicas para melhorar seus ambientes.

 

Com os dados em mãos, a equipe passou a trabalhar na construção, ajustes e melhorias das tecnologias assistivas, de modo a contribuir para a qualidade de vida dos colaboradores. Um dos primeiros beneficiados foi um servidor da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic) que não conseguia escrever há cerca de 15 anos.

 

Para ajudá-lo, a equipe do projeto produziu uma órtese inédita e personalizada, que ainda está na fase de protótipo e testes. Mas a emoção já tomou conta de todas as pessoas envolvidas. Afinal, o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência é celebrado em 21 de setembro e não é todos os dias que se consegue uma conquista deste tamanho.

 

Hoje, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 26,6% das pessoas com deficiência encontram espaço no mercado de trabalho, enquanto o nível de ocupação para o restante da população é de 60,7%.

 

A população com deficiência no Brasil, de acordo com o Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2022 do IBGE, é estimada em 18,6 milhões de pessoas de dois anos ou mais, o que corresponde a 8,9% da população dessa faixa etária. E o Nordeste, onde o projeto é desenvolvido, é a região com o maior percentual de população com deficiência registrada na pesquisa, com 5,8 milhões, o equivalente a 10,3% do total da população.

 



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